Padrão e Histórico da Raça

 

Padrão da Raça Pastor Alemão:

  


O cão Pastor Alemão, cuja criação planejada teve início no ano de 1893 com a fundação da SV, foi criado através cães de pastoreiro daquela época com os tipos existentes da Alemanha Central e do Sul e com o escopo de produzir-se uma raça de utilidade e de grande capacidade de trabalho. Para atingir tal fim foi elaborado um Padrão rácico, fixando tanto as suas qualidades físicas como também sua índole e caráter.

Aparência geral

O Pastor Alemão é um cão de tamanho médio. Sua altura, tomando do ponto mais alto da carnelha, deve ser feita com um medidor especial, com a pelagem bem comprimida e em perfeita perpendicular ao solo. A altura ideal é a de 62,5 cm para os machos e de 57,5 cm para as fêmeas, com uma tolerância de 2,5 em para mais ou menos, sendo que maiores variações tornam o exemplar prejudicado em sua utilidade e para a criação.

É levemente alongado, forte e dotado de boas massas musculares, de ossatura bem desenvolvida e da estrutura firme. A sua proporção, relação de altura para comprimento, aliada a disposição das angulações de seus membros, são de tal forma relacionadas que lhe possibilitam, quando em trote, uma grande cobertura de solo, com passadas amplas, rendosas e uma grande resistência.

Seu tipo de pelagem é bastante resistente, permitindo-lhe suportar as inclemências do tempo.

Sua boa aparência é o desejável, todavia deve-se ter em mente sua boa capacidade de trabalho.

Suas características sexuais devem ser marcantes, ou seja, a masculinidade do macho e a feminilidade da fêmea devem ser inequívocas.

O cão Pastor Alemão, de acordo ao Padrão, deve oferecer ao observador um quadro de força natural, inteligência e agilidade, mantendo, por suas exatas proporções, um real equilíbrio em todo o seu conjunto.

A maneira como se movimenta e se comporta, evidencia que num corpo são reside um espírito são e portanto, suas disposições físicas e psíquicas lhe permitem, a qualquer momento, ser usado como cão de utilidade a grande alcance.

Com um temperamento firme, deve ser dócil e adaptável a qualquer situação, executando com vontade e alegria todos os trabalhos que se exigirem. Deve demonstrar coragem e firmeza quando se trata de defesa de seu dono ou propriedade e atacar com disposição quando mandado; mas principalmente com crianças e outros animais é desenvolto no contato com as pessoas. Em seu todo deve apresentar um quadro harmonioso, de natural nobreza, seguro de si e que impõe respeito.

  

ANGULACÕES E MOVIMENTACÃO

O cão Pastor Alemão é um trotador e como tal move-se por bípedes diagonais ou seja, ao avançar o membro anterior o faz também, paralelamente, com o posterior oposto.

Seus membros devem oferecer angulações tais que lhe permitam, sem substancial alteração em sua linha de dorso, levar as pernas traseiras até o meio do corpo e da mesma maneira avançar as dianteiras por igual extensão e isto, aliado a correta proporção de altura para comprimento e o correspondente comprimento de ossos, vem proporcionar-lhe, quando em trote, que o faz com a cabeça projetada para a frente iniciando uma linha superior suavemente curva, desde a base das orelhas até o final da cauda trazida levemente elevada, passadas amplas, compassadas, fluentes e rendosas, sem denotar esfarelo.

ÍNDOLE, CARÁTER E APTIDOES

Firmeza de nervos, atenção, naturalidade, comportamento, vigilância e fidelidade, como também coragem, espírito de luta e equilíbrio são as características
marcantes do cão Pastor Alemão. Essas características o tornam o cão de utilidade ideal, fundamentalmente como cão de guarda, companhia, defesa e pastoreio.

Sua capacidade de faro, aliada a sua estrutura de trotador possibilitam-lhe manter o focinho rente ao solo, seguindo tranquilo e seguro uma pista sem maiores esforços, o que o faz altamente adequado para ser empregado como cão de rastro e de busca, nas mais várias finalidades de uso.

CABEÇA

Deve ser proporcional ao tamanho do animal, correspondendo aproximadamente a 40% de sua altura. Não deve ser grosseira nem demasiadamente fina ou alongada. Em seu aspecto geral deve ser sêca e moderadamente larga entre as orelhas.

Crânio – Deve corresponder a 50% do comprimento da cabeça. extendendo-se e afinando-se, visto por cima, desde a base das orelhas até o Stop que é somente levemente inclinado e nunca pronunciado e dai continuando com o focinho, alongado, de igual comprimento ao crànio e em forma de cunha. A sua largura deve ser aproximadamente igual ao seu comprimento; não penalizando-se nos machos uma maior largura e nas fêmeas uma maior leveza.

Testa – Vista de frente e de perfil é somente levemente ataulada e seu sulco central apenas insi-nuado.

Faces – estendem-se lateralmente em uma curvatura suave, sem projetarem-se para a frente.

Maxilares – Devem ser fortemente desenvolvidos de forma a oferecer aos dentes uma boa inserção nos alvéolos. Os lábios devem ser firmes e secos e a cana nasal reta e praticamente paralela com a linha da testa.

Dentição – Deve ser sã, forte e completa, 42 dentes, sendo 20 no maxilar superior e 22 no inferior, Sua mordedura deve ser em tesoura, isto é, a face externa dos incisivos inferiores deve atritar-se com a face interna dos incisivos superiores. Mordedura em torquês, prognatismo superior ou inferior são considerados faltas, como também maiores espaçamentos entre dentes.

 

Orelhas – Devem ser de tamanho médio, largas na base, bem implantadas e de inserção alta, eretas, com suas conchas voltadas para a frente e terminando em ponta. As dobradas, cortadas ou caídas são indesejáveis e devem ser penalizadas; as viradas para dentro ou quando suas pontas se juntam prejudicam sensivelmente a imagem da raça.

Os filhotes quando da mudança de dentição, na idade de 6 meses e às vezes um pouco mais, têm as orelhas caídas ou as viram para dentro.

Quando na movimentação ou em posição de descanso o animal pode apresentar as orelhas voltadas para trás, sem que isto constitua falta.

Olhos – Devem ser de tamanho médio, de forma amendoada, implantados um pouco oblíquos e nunca salientes. Sua cor deve acompanhar o mais possível a
tonalidade da pelagem no mais escuro possível.

Sua expressão deve ser viva, demonstrando inteligência e auto-segurança.

PESCOÇO

Deve ser forte com musculatura bem desenvolvi-da, de comprimento médio e livre de peles soltas (barbelas). Quando o animal em Stay sua posição é de 45º com a horizontal, elevando-se quando em atenção ou excitação e abaixando-se quando em trote.

CERNELHA

Deve ser longa e alta, ligeiramente caida da frente para traz e bem marcada em relação ao dorso, ao qual se une suavemente sem interrupção em sua linha superior.

 

DORSO E LOMBO

Incluindo a região lombar deve ser reto e fortemente desenvolvido, mas nunca demasiadamente longo entre a cernelha e a garupa.

GARUPA

Com sua estrutura óssea formada pelo ilíaco e vértebras sacrais, deve ser alongada e ligeiramente caída num ângulo de aproximadamente 23” com a horizontal. As garupas curtas. planas ou caidas são indesejáveis.

CAUDA

Com pelagem abundante deve atingir no mínimo a ponta do Jarrete, mas nunca ultrapassar sua metade. Em sua extremidade acontece. às vezes, formar um pequeno gancho lateral o que não é desejável.

Em repouso deve cair numa curva suave e quando em movimento ou excitação ele se ergue numa curva mais acentuada, mas que nunca deverá ultrapassar a vertical, não sobrepondo-se ao dorso nem em forma reta ou enrolada. Caudas cortadas não são permitidas.

 

TRONCO

Seu comprimento deve ultrapassar a altura da cernelha numa proporção de 110 a 117 por cento; sendo que cães que não guardem esta proporção, curtos, quadrados, alongados ou pernaltas são indesejáveis.

Tórax – Sua altura deve corresponder a 45 a 48% da altura do animal. As costelas deverão ser bem formadas e alongadas e nunca em forma de barril ou achatadas, atingindo o esterno a ponta dos cotovelos. Uma caixa toráxica bem conformaòa permitirá a livre movimentação dos cotovelos quando em trote; a arredondada, com costelas arqueadas provocam o deslocamento dos cotovelos para fora, assim como a plana de costelas achatadas acarretam ombros fecha-dos, projetando o externo muito para trás e tornando curta a região lombar.

O peito deve ser de boa profundidade, com sua linha inferior comprida e bem formada e nunca largo demais.

Abdômen – Deve apresentar uma linha ligeiramente entrante, sem contudo apresentar-se esgalgada principalmente nas fêmeas.

MEMBROS DIANTEIROS

Omoplata – Deve ser longa, bem colocada ao corpo e colocada em posição oblíqua, formando um ângulo de 45" com o dorso.

Úmero – Em um ângulo de aproximadamente 90º com a omoplata, constitui o ombro que deve ser forte e musculoso.

Antebraço – Deve ser reto visto de frente e de perfil, com ossos ovalados.

Metacarpo – Nunca empinados, com ligamentos carpeanos firmes e formando um ângulo de aproxima-damente 20º com a vertical.

Cotovelos – Não devem ser voltados nem para fora e nem para dentro com sua ponta ultrapassando a linha do peito e que deve corresponder a 55% da altura do animal.

MEMBROS POSTERIORES

Coxas – Devem ser largas e providas de fortes massas musculares. O Fêmur quando visto de lada forma com a Tíbia, levemente maior, um ângulo de aproximadamente 120º e correspondente com a angu-lação do anterior. Essa angulação não deverá anca ser mais pronunciada.

Jarretes – Deves ser fortes e perfeitamente firmes.

No todo o conjunto posterior formado por Perna, Tarso e Metatarso deve ser bastante musculoso e rijo, de forma a poder impulsionar o cão para a frente sem maiores esforços.

Pés – de forma levemente arredondada, curtos, compactos e bem arqueados. Suas almofadas planta-res devern ser duras mas constituídas de tecido maleável.

Unhas – devem ser curtas, fortes e de coloração bem escura. Ergots por ventura existentes, deverão ser removidos aos primeiros dias de vida do animal.

 

COLORAÇÕES

Preto com áreas regulares marrom, amarelas até o cinza claro; Capa preta, que é o provido de pelagem preta sobre restante cinza ou marrom claro com áreas mais claras; Preto, Cinza uniforme ou com partes mais claras em cinza ou marrom.
Pequenas manchas brancas no peito, como também faces internas dos membros claras, são permitidas, porém não desejadas.

A Trufa deve ser sempre preta em todas as colorações. Cães com pouca máscara ou sem ela, com olhos amarelados ou muito claros, com olhar duro, com áreas claras no peito e partes internas dos membros com unhas brancas e ponta da cauda avermelhada ou de cores claras e desbotadas, são considerados como falhos em pigmentação.

O Sub-pelo, exceto nos cães pretos, é sempre levemente acinzentado.
A cor definitiva dos filhotes é somente determinada após o crescimento do sobre-pelo.

PELAGEM

Pelo Rijo Normal - O sobre pelo é bem cheio, com pêlos retos, duros e bem colado ao corpo. Na cabeça, inclusive interior das orelhas, parte anterior das pernas, patas e dedos, os pêlos são curtos; já no pescoço é mais longo e abundante e na parte posterior das pernas ele se alonga até o jarrete e o carpo. senda que nas coxas forma-se culotes moderados. Esse comprimento. todavia, pode variar, encontrando-se formas intermediárias. mas o muito curto, do tipo de rato. é indesejável.

Pelo Rijo Comprido – Este tipo é mais alongado, nem sempre é reto e não tão encostado ao corpo. Especialmente nas conhas e na parte posterior das orelhas, nas partes posteriores do antebraço e geral-mente nos flancos é consideravelmente mais longo; chegando a formar tufos nas orelhas e bandeiras desde os cotovelos até os metacarpos, sendo que nas coxas tornam-se mais longos e densos. A cauda é mais espessa com pêlos bem mais compridos.

Esse tipo de pelagem por não ser tão resistente às inclemências do tempo, como o anterior, não é desejá-vel, todavia. havendo sub pelo suficiente e desde que o Regulamento de Criação do país o permita, pode ser empregado na reprodução.
Pelo Longo – Neste tipo o pêlo é bem mais comprido e muito mais macio, dividindo-se para os lados sobre o dorso. Há falta de sub pelo e quando existente. apresenta-se unicamente nos flancos. Encontra-se neste tipo. geralmente, animais de peito estreito e focinho fino e comprido. A resistência contra as intempénes. assim como a capacidade de trabalho destes animais toma-se bastante diminuída, razão porque são considerados indesejáveis.

  

FALTAS

Todas as que influam na utilidade, resistência e rendimento e especialmente aquelas que não correspondam ao sexo e temperamento característico do cão Pastor Alemão, como sejam: apatia, nervos não firmes, superexcitação, timidez, falta de vitalidade, monorquidismo e criptorquidismo, falta de desenvolvimento de testículos, constituição fraca, constituição esponjosa. falta de substância, despigmentação, aÍbinismo, azulado com focinho cor de carne e brancos com focinho preto. Maior ou menor altura do que a permitida, má formação, falta de produção entre a luz e o peito, muito curtos. sobrecarregados no dianteiro. constituição muito leve ou demasiadamente pesada, dorso fraco, má angulação e tudo o mais que prejudique a movimentação e a resistência do animal. Focinho curto, rombudo, fraco, pontiagudo ou alongado, prognatismo superior ou inferior e outras falhas dentá-rias como: dentição fraca, manchada ou cariosa. Maxilares fracos. Pelagem demasiadamente curta ou longa, muito suave ou com falta de subpêlo. Orelhas caídas ou mal implantadas. Caudas cortadas, enroladas, em gancho, mal portadas ou rombudas de nascimento.

 


 

 

 História da Raça

          

Primeiro Criador

Em meados de 1890, o jovem capitão da cavalaria alemã, Max von Stephanitz, idealizou um cachorro de porte médio, que poderia cuidar dos dois tipos diferentes de ovelhas que haviam na Alemanha, que seria extremamente inteligente, protetor, rápido, de aparência nobre, caráter confiável, tão disposto que poderia trabalhar até a exaustão e com desejo insaciável de servir. Um cão que tivesse como razão de existir, a companhia do homem.

Com esta idéia em sua mente, Stephanitz concluiu que deveria criar este cão ideal e torná-lo disponível para todos os pastores de rebanho da Alemanha. Prometeu a si mesmo que iniciaria um raça de cães de utilidade que se chamaria Pastor Alemão.

Max Emil Frederick von Stephanitz nasceu na Alemanha em dezembro de 1864, serviu como veterinário do exército, e seus conhecimentos sobre biologia, adquiridos na Faculdade de Berlin, foram de grande valor aplicados à criação de cães. Em 1898 foi promovido à Capitão da cavalaria e pouco tempo depois foi convidado a retirar-se do exército por ter-se casado com uma atriz.

Stephanitz experimentou a criação de seus pastores, aplicando várias idéias de que criadores ingleses utilizavam na época. Ele estava especialmente interessado em cães de pastoreio, por serem considerados verdadeiros animais de trabalho. Em 1899, ele assistiu um pequeno concurso de cães, onde encontrou e comprou Hektor Linkrsheim, e imediatamente mudou o nome do cão para Horand von Grafrath. Duas semanas depois, junto à seu amigo, Artur Meyer, fundaram o Verein für Deutsche Schaferhunde (SV), a sociedade de pastores alemães da Alemanha. Stephanitz tornou-se seu primeiro presidente e Artur o secretário. Mais nove homens juntaram-se aos dois como cofundadores. Assim iniciou-se o clube que estava destinado a torna-se o maior clube de criadores de uma só raça de todo o mundo.

Horand foi o primeiro cão a entrar em seu livro de registro com o número SZ1 e tornou-se assim o primeiro Pastor Alemão registrado:

Utilizando Horand com base de sua criação, Stephanitz moldou o Pastor Alemão como a mais pura expressão de utilidade, inteligência e nobreza. Decretou que como um cão de trabalho, deveria ser criado buscando harmonia entre inteligência e físico que o permitissem realizar seu trabalho. Ele nunca interessou-se pura e simplesmente pela beleza dos cães, mas somente quando esta refletia as características desejadas de trabalho.

Primeiro tipo


Em 1899 a SV iniciou um campeonato anual chamado de Sieger Show, onde os campeões da classe adulta seriam nomeados como Sieger ( macho ) e Siegerin ( fêmea ) durante o todo o ano.

O próprio capitão Stephanitz julgava as provas. Percebendo a tendência da maioria dos criadores em cruzarem suas cadelas com o atual Sieger , nos anos seguintes, ele foi capaz, através da seleção do Sieger, guiar o desenvolvimento dos criadores e também corrigir faltas indesejáveis. Os pedigrees eram analisados durante as provas, fato que permitia a Stephanitz um entendimento melhor dos pontos fortes e fracos escondidos nas linhagens de cada cão, não importando se este os demonstrava ou não, mas que seriam transmitidos para seus herdeiros. O julgamento destas provas tinha uma duração de dois dias e era conduzido com extrema seriedade. O caráter e o temperamento do cão eram uma parte importantíssima do julgamento.

Em pouco tempo Stephanitz percebeu que conforme a criação da raça crescia, a inteligência minguava devido ao fato de apenas um pequeno número de cães ainda servirem ao pastoreio, e para que essa característica não fosse perdida criou campeonatos de obediência, encontrando assim uma maneira de incentivar o trabalho à serviço do homem.

Doando uma série de cães à policiais, ele conseguiu demonstrar seu potencial como cão policial e a polícia passou a cooperar mais quando percebeu que era um cão realmente útil para o trabalho de apreensão e detenção de criminosos. Algum tempo depois o exercito reconheceu a utilidade da raça e começou a empregá-la, mas somente na Primeira Guerra Mundial é que o exército realmente percebeu o quão útil o Pastor Alemão poderia ser, servindo como cães mensageiros, auxiliando na busca de linhas telefônicas soterradas, encontrando e indicando soldados feridos, trabalhando como sentinelas e avisando a presença de inimigos durante as patrulhas.

Em 1923, a SV alcançou um número de 57.000 sócios, e em 1925, Stephanitz encontrou um sério problema na criação da raça, os cães estavam ficando com as pernas muito finas, e estavam perdendo a devida propulsão para trabalho. Stephanitz e seus colaboradores concordaram que algo deveria ser feito, e no Sieger de 1925, escolheram um cão que nada tinha em comum com o Sieger anterior, chamado Klodo von Boxberg, que se tornou o primeiro exemplar da linha moderna dos pastores alemães. Klodo descendia de linhagens de dois siegers, Hettel Uckermark, 1909, e Erich von Grafenwerth, 1920. Possuía estrutura compacta, corpo esticado, com a traseira curta, elástica e boa cobertura do solo no passo. Era um cão de tamanho moderado e temperamento destemido.